Relendo pela quinta ou sexta vez o livro Nós que não somos como as outras (Lucía Etxebarria, espanhola das mais lidas por lá, premiada e diferentona) me deu vontade de voltar a escrever pra mim mesma, em primeiro lugar. Depois pras outras, os outros, mas mais pra elocubrar em cima do mesmo tema que tanto me incomoda: porque ser diferente do que é normalmente aceito incomoda, a mim, as outras, aos outros?
É disso que trata o livro. Mulheres comuns que não são tão iguais assim. E como sofrem essas mulheres, pra se parecem menos diferentes, mais dentro dos padrões. Que padrões são esses? Aquilo que a gente escuta diariamente em casa, na TV, no cinema, no confessionário, no escritório e no ponto de ônibus. Seja assim, seja assado, seja "frito, ao ponto ou mal passado", você tem que ser alguma coisa que estão esperando que seja.
E o que você é? O que você quer ser?
Quero descobrir também...